10 de janeiro de 2014

A minha criança.


Sempre gostei de brincar, e ver as coisas na vida sem maldade alguma, acredite quando não existe maldade tudo é colorido e bonito.
Quando eu tinha 12 anos eu era uma menina igual as outras da minha idade naquela época (7 anos atrás), eu gostava de brincar na rua e de preferencia descalça, brincava com minhas amigas e vizinhas, até o dia em que uma delas se mudou e amizade acabou, com 12 anos também foi a época em que meus seios começaram a crescer, eu não aceitava aquilo, me odiei por um longo tempo e me neguei a começar a usar sutiã, negava mas minha mãe me obrigava e era necessário, comecei a aceitar não aceitando que estava crescendo, que agora os meninos poderiam começar a olhar pra mim de um jeito diferente.
Com 13, 14 anos eu ainda brincava na rua, mas agora com minha irmã e meu primo (minha irmã 4 anos mais nova e meu primo 5 anos mais novo) sofria preconceito com isso, me chamavam de criançona, falavam que eu deveria arrumar um namoradinho, ouvia direto de primas mais velhas, tias e até mesmo amiga de uma prima minha, isso era triste, sempre gostei de brincar e agora a pré adolescência estava chegando, era uma chatice ter que passar a tarde sem fazer nada, mas ainda bem que durante a manhã na escola ainda existiam algumas meninas que gostavam de brincar, mesmo estando na 8ª série nós pulávamos elástico, jogávamos futebol descalço na quadra fervendo com o calor do sol, participei do Moleque Bom de Bola, e dos jogos escolares da cidade, sim jogando futebol. 

E foi com 14 anos que eu descobri o gosto por vídeo game, ia para escola na parte da manhã e de tarde ia correndo pro Playstation 2 jogar Pes (jogo de futebol), eu estava viciada nesse jogo e era a unica coisa que eu fazia.
Quando mudei de colégio e fui para o ensino médio perdi de vez a minha querida e adorável infância, agora eu já me arrumava direito e usava sutiã sem problema algum, já aceitava que tinha crescido, e tive meu primeiro amor. 
No ultimo ano do ensino médio (2011) com 17 anos conheci uma pessoa meu namorado (Doug) uma pessoa mais velha (tinha 21 anos na época) que por algum motivo me deixou tão segura que eu acabei deixando a minha infância voltar a florescer em mim, hoje eu estou com quase 20 anos na cara e não sei o que seria de mim sem ser essa "criançona" que sou hoje, a menina que chora por qualquer coisa, que tem ataque de riso, que fala sem pensar e não gosta de mentiras, a menina de 20 anos que prefere não ver maldade nas pessoas (a não ser que esteja explicita), prefiro acreditar na inocência delas.
Eu só queria um mundo onde o perdão fosse algo essencial, onde pudêssemos ser livres para ter tais atitudes sem ser julgado de idiota, sem noção e criançona, um mundo com a inocência de uma criança e a beleza de um sorriso sincero. 

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